sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

O mercado dos ringtones

No calor da febre das altas tecnologias, principalmente ligadas a telefones celulares, um mercado até então muito promissor está deixando de fazer barulho, o dos toques para celular, ou seja, dos ringtones.
Há cerca de dois anos atrás esse mercado atraía muitos interessados, mas o fato é que no exterior, em vários países, as vendas de ringtones estão caindo. Antigos reis do setor, como a alemã Jamba ou a francesa Musiwave, estão reorganizando seus negócios a fim de voltar seu foco a maneiras mais lucrativas de permitir que clientes personalizem seus celulares.
A onda do “Crazy Frog”, um sapinho prateado e estrábico, símbolo do sucesso dos ringtones e que virou uma febre mundial, foi um impulso a esse mercado, de modo que a proporção de vendas de trechos de músicas para celulares se intensificou. Em vista disso, até a Billboard, a maior revista semanal norte-americana especializada em informações sobre a indústria musical, criou uma parada específica para sucessos em termos de ringtones. Segundo alguns sites, analistas previam que em 2010 o setor movimentaria cerca de 11 bilhões de dólares ao ano.
O fato é que, com o surgimento de novas tecnologias relativas a celulares, o mercado que vende ringtones está perdendo sua força. Celulares cada vez mais sofisticados e cheios de apetrechos estão surgindo no mercado e adquirindo popularidade, uma vez que mais celulares capazes de criar ou gravar música sozinhos são produzidos.
Empresas que se abastecem desse ramo, como a Jamster, assim conhecida nos Estados Unidos, continua a vender ringtones, mas ampliou seu mercado. Além de toques para celular, aumentou suas ofertas para vídeos, serviços de informações, além de animações gráficas e jogos, um artifício a mais para continuar faturando. Lojas de música digital, como a famosa iTunes, começaram a criar e vender pacotes de ringtones a preços bem mais acessíveis, além da comercialização de faixas musicais. Já a Musiwave, uma das maiores potências dos dias de glória dos ringtones, está sendo adquirida pela Microsoft para ajudar a empresa no seu ramo de entretenimento. Para Paul Goode, analista sênior da M:Metrics, uma empresa de pesquisa de mercado, os ringtones continuam em alta, comfornecedores de serviços de redes móveis promovendo a venda de chamados "ringbacks", músicas que você ouve no seu telefone enquanto espera uma ligação ser atendida. Mas o fato é que, na maioria dos países, a porcentagem de assinantes que compravam ringtones por mês vem caindo cada dia mais.
Por fim, a constante sofisticação dos celulares, que contam com cada vez mais recursos, acaba exigindo que novas tecnologias sejam desenvolvidas para esses aparelhos em termos de entretenimento, uma vez que foi-se o tempo em que celular era uma ferramenta simplesmente para fazer ligações. O próximo hit do mercado de ringtones parece que já está aí: ringtones em vídeo – resta saber se fará tanto sucesso como foi a onda “Crazy Frog".

Acadêmica: Juliana Pedroso

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