sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Indústria Comercial: O produto Harry Potter

O que se vê quanto à cultura consumista, é a forma como determinados produtos influenciam digamos assim, o público ao consumo. Um exemplo perceptível desse consumo massifico, é a série Harry Potter.
Basicamente, os livros são uma série de romances fantásticos criados por uma escritora britânica. Com o lançamento do primeiro volume, Harry Potter e a Pedra Filosofal, em 1997, os livros ganharam tamanha popularidade e sucesso comercial no mundo todo. Em 1999, J.K Rowling vendeu os direitos de filmagem do primeiro livro de Harry Potter para a Warner Bros.
Em conseqüência ao grande sucesso de bilheteria adquirido com a filmagem do primeiro livro, foram sendo escritos e lançados novas histórias e aventuras do bruxinho pela autora, a fim de também virarem filme. Os sete livros publicados até agora venderam mais de 300 milhões de exemplares e foram traduzidos em mais de 63 idiomas. De fato, a indústria comercial não iria ficar de fora dessa.
À medida que ia arrecadando mais fãs, diversos produtos começavam a serem lançados com a “marca Harry Potter”, desde materiais escolares, roupas, brinquedos até jogos de computador, colocando a autora britânica na galeria dos multimilionários, como a mulher mais rica na história da literatura.
Não só crianças são adeptas à série, como também jovens e até mesmo adultos. Colecionam os livros e produtos ligados a ela, buscam se vestir como os personagens, esperando ansiosamente por novas edições de livros e filmes, estabelecendo com isso uma relação de “necessidade” pelo consumo do mesmo. Não bastando ler e assistir aos filmes, a necessidade vai além, transformando-se num desejo massivo pelo consumo dos produtos ligados e abastecidos por uma indústria comercial que o rodeia.
Em grande parte, o resultado de toda repercussão que obteve em torno da série é da mídia, devido ao sucesso adquirido através dela. Não se limita apenas a indústria literária e cinema, mas também a internet. No próprio site oficial da série, há um link que leva os leitores-fãns a uma “loja” cheia de produtos. Em telefones celulares também é possível baixar vídeos dos filmes, Wallpapers, entre outras coisas. As empresas de telefonia lucram, as empresas responsáveis pela divulgação também lucram, enfim tudo gira em torno do capital que é investido. Elas vivem em volta do “produto Harry Potter” e do lucro que este arrecada. Claro que a pirataria também não deixou de existir e lucrar em cima do mesmo. Mas enfim, ainda sendo uma febre mundial, tudo que alcança seu ápice, sucesso, um dia acaba e isso não será diferente com a saga Harry Potter.
O sétimo e então, oficialmente, último livro, que encerra de fato as aventuras do bruxinho foi editado em 2007. Contudo a autora J.K Rowling cogita a possibilidade de haver um oitavo livro da série, mas este no caso, se sair, será daqui a dez anos, e é provável que foco da história não seja o mesmo. Como ela mesmo diz “Se escrever um oitavo livro sobre este universo [mágico de Harry Potter], duvido que Harry seja a personagem principal. Sinto que já contei a sua história". "Deixemos passar dez anos e depois veremos como será", sublinhou a autora, que atualmente têm dois projetos em mãos, um romance e um "conto de fadas político".
Mas e aí será que o fenômeno Harry Potter e a indústria toda que o alimenta e se alimenta do mesmo vai sobreviver à espera de longos dez anos? Parece que a mídia vai ter que se abastecer de outro “combustível” até lá para faturar, opções, essas é que não devem faltar...
http://pt.wikipedia.org/wiki/Harry_potter
http://harrypotter.pt.warnerbros.com/home.html
http://ww1.rtp.pt/noticias/index.php?article=316816&visual=26&rss=0
http://www.adorocinema.com.br/hotsites/harry-potter/historia.asp
http://veja.abril.com.br/010807/p_134.shtml

Acadêmica: Juliana Pedroso

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