terça-feira, 22 de janeiro de 2008

MIDIATIZAÇÃO CULTURAL

By Jefferson Dalanhol
Na cultura de massa o código estético-cognitivo procura alcançar todas as classes, tornando-se o mais pobre em termos de linguagem. Assim sendo, a mensagem torna-se empobrecida em relação à cultura alta. O que na verdade é um erro, pois os meios de comunicação deveriam incentivar a busca por um maior conhecimento das classes mais baixas da sociedade e não apoiar o comodismo cultural.
A relação entre consumidor e obra é mais viva na cultura de massa, sendo poderosa pela atividade. A cultura de massa deve ser considerada um momento da cultura elevada. E é isso que distancia tanto as classes sociais, sendo, se não o pior, um dos piores equívocos em termos de aumento de conhecimento.
No Brasil, essa cultura surgiu em meados de 30, quando o país passou a importar produtos da economia estrangeira, mas a grande maioria da população sem condições consumia produtos nacionais. E em vez do governo incentivar o crescimento da economia nacional, apoiava as classes mais altas na importação desses produtos estrangeiros.
A partir do momento em que a TV alcançou a grande massa, começou a aparecer o que a sociedade queria ver. A cultura de massa busca o grotesco, ou seja, o diferente. E a televisão mostra isso em busca de audiência, mostrando a natureza humana com o fascínio do grotesco, da humilhação de outros. Isso porque desde o início nunca ninguém fez nada para impedir a proliferação deste tipo de programação.Numa sociedade em que as mídias só se preocupam com a audiência, o Estado deveria intervir e financiar a cultura, sem censurar a televisão, rádio e mídias digitais, como a internet. Investir em educação para aumentar o intelecto populacional. Isso é o que se deve fazer para o desenvolvimento igual de todas as classes. Evitando que se criasse esse abismo cultural.

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